Oferecer serviços de qualidade para uma escola parceira vai além de entregar um bom material didático e acompanhar o desenvolvimento da instituição. Prever dificuldades e saber como contorná-las também é essencial para seu funcionamento. A inadimplência é uma das principais causas de problemas de gestão nos estabelecimentos privados de educação. A falta de pagamento pode comprometer a capacidade do ensino e, em casos mais graves, até promover o fim das atividades.
Uma vez que a receita principal é gerada por meio das mensalidades dos alunos, a falta de pagamento interfere diretamente no planejamento financeiro escolar. Por isso, fazer a gestão da inadimplência precisa ser uma prática administrativa constante.
A maior ferramenta da escola deve ser sempre o diálogo. A seguir, listamos algumas dicas que podem ser utilizadas em escolas para evitar que a falta de pagamentos atrapalhem a rotina escolar:
- Conheça bem o seu cliente: Procure informações sobre o responsável financeiro do estudante antes de efetuar a matrícula. É possível identificar perfis inadimplentes nos órgãos de proteção ao crédito e, assim, fazer um trabalho preventivo.
- Elaborar um bom contrato de matrícula: quando um aluno novo chega à escola, seus responsáveis financeiros precisam conhecer os valores atualizados e as formas de pagamento disponíveis, além do valor da multa no caso de atrasos.
- Valorizar bons pagadores: oferecer descontos, benefícios ou condições especiais na matrícula para responsáveis que pagam em dia pode ser uma boa forma de reconhecer a importância do pagamento.
- Comunicação eficaz: a falta de pagamento nem sempre está vinculada à falta de dinheiro. Por isso, é sempre um bom caminho manter um canal de comunicação aberto para evitar que pagamentos sejam esquecidos.
No entanto, se a escola já enfrenta situações muito problemáticas com alguns estudantes, é importante pensar coletivamente. Ainda que seja difícil, a escola tem que focar na importância da comunicação e atuar ao lado da família – jamais contra ela. Chamar para conversar presencialmente, entender o momento e o contexto, propor soluções possíveis e pedir que a família diga suas condições não só melhora o relacionamento da comunidade escolar, mas também aumenta as chances de pagamento.
Importante! Não se esqueça que o vínculo estabelecido entre a escola e os responsáveis é uma relação de consumo. Desta forma, a escola tem direito de acionar o Código de Defesa do Consumir para cobrar judicialmente uma dívida. No entanto, de acordo com a Lei n° 9.870/99, o estudante não pode sofrer nenhuma penalidade pedagógica, constrangimento ou qualquer tipo de retaliação por causa de faltas ou atrasos no pagamento.